quarta-feira, 20 de março de 2013



“Homens, não se preocupem! Não queremos ocupar o espaço de vocês! Queremos o que é nosso de direito!” com essa frase a Presidente do PSL Mulher Regional RJ, abriu seu discurso de posse.

No dia 09 de março de 2013, a executiva regional do PSL RJ empossou o diretório do PSL Mulher Regional RJ e PSL Mulher Municipal RJ. O Presidente Regional do PSL RJ Tunico de Souza, abriu os trabalhos e agradeceu à Executiva Nacional por sua recondução.

O evento contou com a presença de mulheres sociais liberais de Brasília, Pernambuco e Espírito Santo, além de várias representantes de municípios do Estado do Rio de Janeiro.

Estiveram presentes também, personalidades do cenário político do Estado: o vice-governador do Estado Luiz Fernando Pezão, o Dep. Federal e Chefe da Casa Civil do Município do Rio de Janeiro Pedro Paulo, o Vereador Átila  Alexandre Nunes, Gilvan Pontaleão - Vice-Presidente Nacional, Roberto Siqueira - Secretário-Geral Nacional,   o vereador Jimmy Pereira, a sub-secretária de políticas para mulheres Helena Piragibe, a presidente da AMT Zoraia Sauer, a representante  do PMDB Mulher Berenice Aguiar, a ginasta Jade Barboza, além de secretários de vários municípios.

Foi uma linda festa que contou com a presença de aproximadamente 400 filiados, simpatizantes e amigos.

A Presidente do PSL Mulher Regional, Márcia Raposo, destacou a importância da mulher na política e apresentou a cartilha com o título “Empoderamento: conquistas e superação” a qual espera seja um norteador para as mulheres que pretendem  criar diretórios do PSL Mulher em seus municípios. Salientou também a necessidade de capacitar as mulheres para o pleito de 2014 e garantiu que palestras e cursos serão ministrados pelo PSL Mulher ainda no primeiro semestre deste ano.

 


sexta-feira, 8 de março de 2013

Cinquenta tons de lilás

Cinquenta tons de lilás

Mais que um dia de homenagens, o 8 de março deve ser um momento de luta e reflexão
Notícia publicada na edição de 08/03/2013 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 002 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.


Emanuela Oliveira de Almeida Barros
Comemoramos hoje mais um Dia Internacional da Mulher, aquele dia especial que tentam nos convencer a qualquer custo que ser mulher é uma grande honra da qual devemos nos orgulhar. A sociedade patriarcal dominante chega a impacientar-se com tanta valorização feminina. E muitas de nós, envaidecidas com o festejo, esquecemos o fato de que passada a data voltamos ao que sempre nos foi oferecido: ordens.
Mais que um dia de homenagens, o 8 de Março deve ser um momento de luta e reflexão. É tempo de relembrarmos o passado para entender a trajetória do empoderamento da mulher, discutir seu momento atual e conceber as novas conquistas que hão de surgir no futuro. Por mais que 8 de Março tenha perdido parcialmente seu sentido original e adquirido um caráter mais festivo e até comercial, não deixa de ser uma forma de louvar a luta de mulheres que fizeram e continuam a fazer a diferença e aí a importância de homenageá-las no seu dia.
Diversas são as histórias sobre a origem do Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março em todo o mundo. Contudo, quantas pessoas nem sequer conhecem algumas dessas histórias e desconhecem as motivações que tornaram esta data tão importante para a luta do movimento de mulheres. Conhecer os acontecimentos que originaram e determinaram 8 de março como um dia de luta das mulheres ao redor do mundo é fundamental, tanto para a compreensão da história do movimento feminista, como para o fortalecimento de nossa causa. Conhecer quais foram os desafios, as formas de luta e as reivindicações de nossas precursoras feministas contribuem para que o 8 de março deixe de ser apenas um dia político, mas um marco para que mais e mais mulheres se unam para transformar a sociedade. Não podemos olvidar que a história do movimento de mulheres foi afetada por grandes acontecimentos políticos, como a eclosão das duas grandes guerras mundiais e da Revolução Russa ocorrida em 1917, da qual a participação das mulheres foi determinante. Também não podemos esquecer a condição degradante imposta às mulheres operárias no final do século XIX, e a união dessas para reivindicar melhores condições de vida e de trabalho através de greves.
Surge então a mística sobre o dia 8 de março. Pouco a pouco, o mito das 129 tecelãs queimadas vivas e o pano lilás que as mulheres estariam tecendo antes da greve se firmou e apagou da memória histórica das mulheres e dos homens outras datas reais de greves que determinaram o Dia das Mulheres, sua data de comemoração e seu caráter político. É bem provável que outra greve, ocorrida em 1911 na mesma cidade de Nova Iorque que culminou na morte de 134 pessoas, na maioria mulheres imigrantes judias e italianas, durante um incêndio causado pela falta de segurança nas péssimas instalações de uma fábrica têxtil, tenha se incorporado ao imaginário coletivo, fortalecendo o mito da origem do Dia Internacional da Mulher.
Em 1975, a ONU declarou a década de 75 a 85 como a década da mulher e reconheceu o 8 de março como o seu dia. Mesmo com a controvérsia acerca dos fatos e das datas não podemos esquecer que o dia tem origem na luta de mulheres que se uniram para buscar maior respeito aos seus direitos, ao seu trabalho e à sua vida. Também pouco importa se a cor lilás, conhecida como a cor do movimento feminista e de muitos outros movimentos de mulheres, representa o pano das tecelãs numa forma de homenageá-las. Mas sim que a cor lilás também representa a igualdade, pois ela surge da combinação de duas cores primárias - o azul e o vermelho - que devem ser misturadas na mesma proporção. Pela aspiração constante da igualdade entre homens e mulheres, pelo sonho de uma sociedade de fato justa e solidária e pela utopia de que este mundo, e não outro possa ser um lugar legal de se viver. Por isso o objetivo da data não pode ser relegado a uma mera festividade. O Dia Internacional da Mulher é um dia de reflexão, cujo fim é discutir o papel da mulher na sociedade atual, entender porque apesar de todos os avanços continuamos presas às questões da violência de gênero e a discriminação no mercado de trabalho.
Dados recentes indicam que a cada 15 segundos uma mulher é espancada no Brasil. Em Sorocaba a cada duas horas uma mulher é vítima de agressão ou ameaça e culturalmente ainda dançamos ao som do funk "um tapinha não dói".  Talvez ainda precisemos dos mitos para lembrar quanto o Dia Internacional da Mulher é importante, mesmo sabendo que a verdade dos fatos já é suficientemente rica de significado e carrega toda a luta da mulher no caminho da sua libertação.
Emanuela Oliveira de Almeida Barros é advogada, membro da diretoria-adjunta da 24a Subseção da OAB/SP