quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Homens ganham 42% a mais que as mulheres, aponta IBGE



Os dados, divulgados hoje, mostram também que a taxa brasileira de fecundidade caiu: era de 2,38 filhos por mulher em 2000 e passou para 1,86 em 2010. Veja outros dados!
Da redação
16/11/2011


©ThinkStock
O Censo 2010, divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE), revelou que os homens recebem 42% a mais que as mulheres e que a taxa de fecundidade, que era de 2,38 filhos por mulher em 2000 passou para 1,86 em 2010, uma queda de 21,9%. Além disso, segundo o estudo, 61,3% das residências são chefiadas por homens, contra 38,7% lideradas por mulheres.

Os dados fazem parte dos Resultados Preliminares do Questionário da Amostra do Censo Demográfico 2010, aplicado em 11% do total de domicílios do País (6.192.332 em números absolutos).

Segundo o IBGE, o declínio dos níveis de fecundidade ocorreu em todas as grandes regiões brasileiras, principalmente na Região Norte (de 3,16 filhos por mulher para 2,42) e no Nordeste (de 2,69 para 2,01), que possuíam os mais altos níveis de fecundidade em 2000. Já o Sudeste concentra a menor taxa, de 1,66 filho por mulher, ao passo que a Região Norte tem a maior, de 2,42 filhos por mulher.

O Rio de Janeiro tem a menor taxa entre os Estados, 1,62 filho/mulher. Ainda de acordo com os dados, ocorreu uma mudança de comportamento nas mulheres: caiu a participação das mulheres mais jovens (15 a 24 anos de idade) em novos nascimentos e cresce a fecundidade entre mulheres com mais de 30 anos.

Diferença salarial

De acordo com o IBGE, em média, o salário mensal pago aos homens é de R$ 1.395 contra R$ 984 para as mulheres. Metade deles ganhava até R$ 765, cerca de 50% a mais que metade das mulheres, cujo valor pago era de até R$ 510. Já nos municípios com até 50 mil habitantes, a diferença salarial é ainda maior e chega a 47% a mais que as mulheres. A média salarial mensal paga em 2010 para homens chegava a R$ 903 contra R$ 615 para mulheres. Quanto às cidades com mais de 500 mil habitantes, a desigualdade salarial cai para 40%. Em média, os homens recebem R$ 1.985 contra R$ 1.417.

Outros dados do IBGE confirmam a redução do analfabetismo em todas as regiões e a manutenção dos quadros de desigualdade - a população branca ganha até 2,4 vezes mais que a negra nos municípios de maior porte.

Família

O IBGE revelou que, em média, vivem três pessoas por residência no Brasil. Há dez anos, no Censo de 2000, a média era de 3,7 pessoas. Os brasileiros estão vivendo cada vez mais em casas com filhos de diferentes uniões - mas continuam preferindo casas - e casas próprias. Segundo o IBGE, há 57 milhões de domicílios no Brasil e, desse total de lares espalhados pelo País, mais de 65% são chefiados por heterossexuais (quase 37,5 milhões de casais). As pessoas do mesmo sexo comandam 0,1% dos domicílios brasileiros - em torno de 60 mil.

Analfabetismo

O estudo mostra, por exemplo, que, embora no país como um todo a taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais de idade tenha se reduzido de 13,63% em 2000 para 9,6% em 2010, ainda chega a 28% nos municípios com até 50 mil habitantes na região Nordeste.

Além disso, o percentual de analfabetos entre pretos (14,4%) e pardos (13,0%) era, em 2010, quase o triplo dos brancos (5,9%). No caso do analfabetismo de jovens, a situação da região Nordeste era também preocupante, na medida em que mais de ½ milhão de pessoas de 15 a 24 anos de idade (502.124) declararam que não sabiam ler e escrever.

Na região do Semiárido a taxa de analfabetismo também foi bem mais elevada do que a média obtida para o país, mas teve uma redução de 32,6%, em 2000, para 24,3%, em 2010. Entre os analfabetos residentes nessa região, 65% eram pessoas maiores de 60 anos de idade. O relatório completo do IBGE você pode acessar no site da instituição.
Fonte: http://www.tempodemulher.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário